Avanços actuais no conteúdo escrito por IA
Os investigadores e programadores estão a desenvolver ativamente ferramentas automáticas para identificar textos gerados por IA. Os principais investigadores neste domínio provêm de universidades conceituadas, incluindo o MIT e Harvard. Entre os primeiros instrumentos criados encontra-se o Classificador de Texto de IA da OpenAI, que detecta conteúdos gerados por IA através da análise de aspectos linguísticos e estatísticos. Entretanto, a sua eficácia tem sido posta em causa, especialmente no caso de línguas não inglesas. Os avanços recentes introduziram várias novas ferramentas de deteção que apresentam taxas de precisão mais elevadas:
- Originality.ai suporta várias línguas e afirma ter uma precisão de até 98% no seu modo Lite, oferecendo três modos de funcionamento com diferentes graus de precisão.
- Concebido para empresas e professores, o Winston AI apresenta uma taxa de precisão notável de até 99,98% e consegue detetar material parafraseado
- Detetor de IA Premium do Scribbr: Recentemente sublinhada por 84% de precisão na identificação de texto gerado por IA, esta ferramenta está entre as mais fiáveis disponíveis
- GPTZero: Destinado a professores e profissionais de segurança cibernética, o GPTZero utiliza métricas como “explosão” e “perplexidade” para diferenciar entre texto humano e gerado por IA. Embora tenha sido eficaz na identificação de conteúdo de IA, também enfrentou desafios em relação à clareza dos seus resultados
- Copyleaks: Esta ferramenta atinge uma precisão superior a 99%, reconhecendo padrões típicos da escrita humana e assinalando desvios que sugerem autoria de IA. O Copyleaks suporta mais de 30 línguas e consegue detetar conteúdos mistos entre humanos e IA
Desafios na deteção
Desvantagens das abordagens actuais
Ainda não existe uma forma perfeita de provar que um texto é produzido por humanos ou por inteligência artificial. Este trabalho requer uma combinação de pensamento crítico e ferramentas técnicas.Embora os actuais sistemas de deteção sejam promissores, não estão isentos de falhas; muitos sofrem de falsos positivos – ouseja, identificam erradamente textos escritos por humanos como sendo gerados por IA – e podem não acompanhar os novos modelos.
O fator humano
No final, a escrita humana continua a destacar-se do conteúdo gerado pela inteligência artificial por elementos como a consciência, a empatia e a inventividade. Navegar neste terreno em mutação das capacidades da inteligência artificial dependerá fundamentalmente da nossa capacidade de identificar estas subtilezas. Essencialmente, mesmo que os modelos linguísticos da inteligência artificial tenham feito grandes progressos na produção de textos que se assemelham muito à escrita humana, a investigação contínua sobre técnicas de deteção mostra oportunidades e dificuldades.A interação entre a criatividade humana e a inteligência artificial continuará a ser central nos debates sobre o rumo da comunicação à medida que estas tecnologias evoluem.