
Comecemos pelo princípio – o que é exatamente a Cimeira de Employer Branding?
A Employer Branding Summit (ou EB Summit) é uma conferência internacional de um dia que terá lugar a 26 de novembro de 2025, em Sófia, centrada inteiramente na forma como as empresas constroem locais de trabalho que atraem, envolvem e retêm talentos. Não é uma conferência tradicional de RH, é um fórum de estratégia e cultura, onde falamos de pessoas, liderança, tecnologia e comunicação. Reunimos líderes de empresas como HubSpot, Deel, Bolt, NielsenIQ, TalentLyft, Humand, e muitos outros para explorar como a marca do empregador pode ser usada como uma verdadeira alavanca de crescimento, não apenas uma campanha de recrutamento.
O que o inspirou a criar este evento?
Trabalhei em RH, liderança e cultura durante mais de uma década – incluindo numa das maiores empresas de logística da região – e continuei a constatar a mesma desconexão: as empresas queriam resultados, mas ignoravam a experiência dos empregados por detrás desses resultados. Havia também uma clara falta de profundidade e de perspetiva internacional nos eventos que aconteciam localmente. Em Amesterdão ou Londres, as conferências sobre cultura empresarial estão cheias. Na Roménia e na Sérvia, estão a ser criados ecossistemas inteiros em torno da marca do empregador. Eu queria trazer essa energia para a Bulgária e elevar a fasquia.
Quem deve participar – apenas profissionais de RH?
Não, de todo. O evento é para RH, líderes de marketing, fundadores e executivos de nível C, basicamente qualquer pessoa que toque nas pessoas, na marca ou na estratégia. Especialmente nas empresas digitais e de comércio eletrónico em rápida expansão, a marca do empregador está a tornar-se crítica. Porquê? Porque o seu crescimento depende da sua capacidade de contratar, reter e inspirar pessoas. E se não estiver a fazer isso intencionalmente, vai acontecer por acidente e provavelmente não a seu favor.
Muitos ainda confundem employer branding com marketing de recrutamento. Pode explicar a diferença?
Óptima pergunta e que iremos abordar no evento. Aqui está a versão curta:
- O marketing de recrutamento é a forma como se promovem as funções em aberto e se atraem candidatos.
- O Employer Branding é a forma como as pessoas experienciam a sua empresa como um local de trabalho – desde a primeira impressão até à entrevista de saída.
A marca do empregador não é apenas conteúdo; é a forma como a sua cultura se manifesta nos seus processos, estilo de liderança, valores e decisões. Se a sua realidade interna não corresponder à sua mensagem externa, os candidatos saberão. E vão-se embora.
Quais são os principais erros que as empresas cometem quando tentam construir uma marca de empregador?
- Concentram-se apenas no aspeto visual e esquecem-se da experiência. Um ótimo site de carreiras não significa nada se a sua integração for uma porcaria.
- Copiam tendências sem contexto. O que funciona para a Netflix não vai funcionar para a sua empresa de 20 pessoas.
- Criam-no como uma campanha, não como um sistema. A verdadeira marca do empregador é multifuncional – RH, liderança, marketing e operações devem estar todos envolvidos.
E, provavelmente, o mais importante: deixam-no apenas para os RH. O employer branding é um trabalho de todos.

Source: ebsummit.bg
Podemos falar mais uma vez sobre o evento? O que é que faz com que o EB Summit 2025 se destaque?
Três coisas:
- Perspetiva global. Estamos trazendo palestrantes das principais empresas que construíram marcas de empregadores que funcionam em mercados, culturas e desafios.
- Conversas reais. Sem chavões. Concentramo-nos em estudos de casos reais, ideias honestas e estruturas que as pessoas podem aplicar imediatamente.
- Valor contínuo. Mesmo antes da cimeira, estamos a organizar EX Talks – uma série de webinars centrados na experiência dos colaboradores, com sessões sobre digitalização, recrutamento, cultura e envolvimento. Isto não é apenas um evento. É um movimento.
🎤 Que tendências devemos observar em 2025 no que diz respeito à marca do empregador?
・A fusão de RH e Marketing. As linhas estão a esbater-se. Vemos mais “Gestores de Marca de Empregador” sentados dentro das equipas de Comunicação ou Marca, trabalhando lado a lado com os líderes de Pessoas. ・Ostorytelling internotorna-se uma ferramenta de negócio. As empresas que investirem na defesa dos colaboradores, nas comunicações internas e nas narrativas orientadas para um objetivo ganharão a guerra do talento. ・EXcomo um produto. Assim como a experiência do cliente, a experiência do funcionário agora é mensurável, projetável e melhorável, e essa mudança de mentalidade é enorme.
Como é que as pessoas podem participar ou envolver-se?
Os bilhetes estão disponíveis em www.ebsummit.bg.Também damos as boas-vindas a patrocinadores e parceiros do ecossistema que queiram posicionar-se perante os decisores em RH, marketing e liderança. Já estamos a fazer parcerias com plataformas como Humand, TalentLyft, Veda Accounting, eHR e Pluxee, e estamos à procura de mais combinações excelentes.
Pergunta final. O que é que espera que as pessoas levem consigo?
Espero que saiam com clareza e confiança. Clareza de que a cultura e a marca não são projectos paralelos – são a espinha dorsal do crescimento sustentável. E a confiança de que não precisam de copiar as grandes marcas para construir uma forte identidade de empregador. Só precisam de começar com intenção, honestidade e curiosidade, porque a cultura não existe no papel. Existe na forma como nos apresentamos todos os dias.