
A principal tendência é a ligação entre o mundo físico e o mundo digital. Lembra-se dos dias em que um vendedor se aproximava de si ao entrar numa loja de roupa, ansioso por o ajudar a fazer uma seleção? Hoje, os nossos smartphones acompanham-nos. A geração Z sabe-o particularmente bem. Chegam às lojas com os smartphones na mão e utilizam as aplicações não só para navegar na loja, mas também para comparar preços, procurar descontos e ler críticas – ali mesmo, entre as prateleiras. Se as marcas não se adaptarem a este novo comportamento dos clientes, arriscam-se a perder a sua atenção no momento crucial.
Estratégia de retalho omnicanal: Aplicações móveis como assistente de loja
As aplicações móveis têm outra vantagem sobre os assistentes de loja: podem utilizar a personalização. O guia ” Digitising the In-Store Experience”, da EMARKETER, afirma que até metade dos clientes utiliza aplicações para encontrar os melhores preços.
As aplicações com programas de fidelização integrados tornaram-se uma ferramenta quase essencial para a repetição de vendas e a recolha de dados dos clientes.
No entanto, o preço continua a ser o fator decisivo. Para 81% dos americanos adultos, é o critério mais importante na escolha de um retalhista. Caraterísticas como a comparação de preços em tempo real ou os cupões digitais já não são um benefício, mas sim uma norma.

Source: Emarketer
Os meios de comunicação retalhistas entram na loja
Embora as despesas com os meios de comunicação retalhistas na loja nos EUA estejam a crescer rapidamente, o seu benefício depende principalmente de as lojas poderem utilizar elementos digitais de uma forma que não perturbe os clientes, mas que os ajude a fazer compras. Os clientes não querem anúncios perturbadores no espaço da loja – esperam informações relevantes e úteis. Os ecrãs digitais que mostram as promoções actuais, a disponibilidade dos produtos ou a navegação na loja representam um valor acrescentado. As lojas têm a oportunidade de estabelecer contacto com os clientes diretamente na prateleira, no momento da tomada de decisão. Os ecrãs interactivos, os anúncios sonoros ou a gamificação da experiência de compra (por exemplo, recompensas pela leitura de produtos) são ferramentas para ligar o ambiente físico ao digital.

Source: Emarketer
Experiência, não apenas eficiência
Embora as tecnologias simplifiquem o processo de compra, as lojas físicas continuam a ter o seu valor como espaços onde os clientes podem experimentar a inspiração e utilizar todos os seus sentidos. O ambiente em linha não pode substituir totalmente este aspeto, mesmo com funcionalidades como provadores virtuais ou espelhos mágicos. Elementos modernos como as caixas de auto-atendimento ou os carrinhos de compras inteligentes podem acelerar e melhorar a experiência de compra, mas apenas se não perturbarem o ritmo natural e o conforto do cliente. O futuro não é simplesmente nem online nem offline. É uma combinação de ambos – ligados numa experiência omnicanal de modo a reforçarem-se mutuamente.