A Meta afirma que essas mudanças resultam de requisitos regulatórios da UE, incluindo interpretações mais rigorosas do GDPR e da Lei de Mercados Digitais (DMA). Embora a empresa afirme que já cumpriu os requisitos legais, uma pressão adicional dos órgãos reguladores a forçou a implementar recursos adicionais.
O que muda para os utilizadores da UE?
- Preços de subscrição reduzidos: O novo preço é de 5,99€ mensais (web) e 7,99€ mensais (iOS/Android). As contas adicionais custarão 4€ mensais (web) e 5€ mensais (iOS/Android). O preço mais baixo também se aplica aos assinantes atuais.
- Publicidade menos personalizada: Os anúncios serão baseados em dados mínimos, como idade, localização, sexo e atividade imediata da plataforma.
- Anúncios imperdíveis: A Meta introduzirá intervalos de anúncios imperdíveis para não assinantes. Esta medida visa beneficiar os anunciantes, apesar das opções de segmentação limitadas.
A segmentação contextual substitui o rastreamento comportamental mais profundo, provavelmente reduzindo a relevância dos anúncios para os interesses dos usuários. No entanto, os anunciantes podem envolver o público por meio de anúncios imperdíveis.
Impacto no comércio eletrónico
A Meta sublinha que a publicidade personalizada continua a ser fundamental para o seu modelo de negócio. Destacam também os seus benefícios para os utilizadores e para as pequenas empresas.
Eficácia de segmentação reduzida
Anúncios menos personalizados desafiarão as empresas que dependem das plataformas Meta para alcançar grupos-alvo específicos. Os anúncios podem ter um alcance mais amplo, mas taxas de conversão mais baixas. Produtos ou serviços de nicho podem ser particularmente afetados.
Custos mais altos para campanhas eficazes
À medida que a personalização diminui, os anunciantes precisarão investir mais em criatividade, testes e campanhas para alcançar o mesmo impacto.
Pequenas e médias empresas fortemente dependentes do ecossistema de publicidade da Meta podem enfrentar maiores desafios para alcançar efetivamente os clientes. A Meta defende que as empresas europeias geram anualmente 107 mil milhões de euros com publicidade personalizada. A redução da eficácia da publicidade pode prejudicar o crescimento e a inovação das PME.
Transição para publicidade contextual
As lojas eletrónicas devem centrar-se na publicidade contextual. As campanhas de teste que utilizam dados mínimos ajudá-los-ão a preparar-se melhor para os novos requisitos regulamentares. Por exemplo, uma loja eletrónica de equipamento desportivo pode colocar anúncios gerais de produtos de fitness em sítios Web que publicam artigos sobre exercício físico ou saúde. O anúncio adapta-se , assim, ao conteúdo da página, não a dados individuais ou preferências do utilizador. Esta estratégia baseia-se exclusivamente no contexto, não no rastreio do comportamento do utilizador.
A publicidade na Meta vai mudar?
Está a tornar-se claro o quão dinâmica pode ser a publicidade online. Uma coisa é certa: as estratégias precisarão de ajustes para terem sucesso com publicidade menos personalizada. Concentre-se em conteúdo que atinja públicos amplos através do contexto relevante e monitore o impacto no desempenho.
Também é aconselhável considerar a diversificação dos canais de marketing. Confiar apenas em plataformas como a Meta pode ser arriscado. Canais alternativos como Google Ads, TikTok ou e-mail marketing podem fornecer soluções mais estáveis para a aquisição de clientes.
Também é crucial usar ativamente os dados dos clientes para construir relacionamentos diretos por meio de canais próprios, como boletins informativos ou programas de fidelidade, reduzindo a dependência de plataformas de terceiros.