
A Agência Nacional do Crime realizou rusgas de madrugada em Inglaterra, prendendo uma mulher de 20 anos em Staffordshire e três homens em Londres e West Midlands. Um dos suspeitos é letão e os outros são cidadãos britânicos.A M&S foi a empresa que sofreu o impacto mais grave, com os piratas informáticos a roubarem grandes quantidades de dados de clientes e funcionários antes de lançarem ransomware que paralisou os sistemas informáticos.
O presidente da empresa disse aos deputados que o ataque parecia “uma tentativa de destruir a empresa”.
Prejuízo financeiro: 300 milhões de libras em lucros perdidos.A Co-op enfrentou semanas de prateleiras vazias depois de criminosos terem violado os seus sistemas e roubado milhões de dados privados de clientes. A empresa foi forçada a desligar-se da Internet no último momento para impedir o desenvolvimento de ransomware, evitando assim perturbações ainda piores. A Harrods também foi alvo de um ataque, mas conseguiu limitar o impacto operacional desligando rapidamente os sistemas informáticos.
Como se desenrolou o crime
A onda começou em meados de abril, quando a M&S foi violada pela primeira vez. Os piratas informáticos enviaram e-mails ofensivos exigindo pagamentos aos executivos do retalhista. Quando a M&S se recusou, os criminosos aumentaram a escalada, atacando a Co-op poucos dias depois. Os ataques revelaram uma coordenação clara e tácticas de escalada típicas de grupos organizados de cibercrime. Inicialmente, a Co-op desvalorizou a sua violação até os piratas informáticos contactarem a BBC com provas da gravidade do ataque, forçando a empresa a admitir a extensão total dos danos. Os suspeitos foram acusados ao abrigo da Lei de Utilização Indevida de Computadores, juntamente com crimes financeiros graves. A inclusão de acusações de chantagem e de branqueamento de capitais sugere que a operação envolveu exigências de pagamento sofisticadas e tentativas de limpar os fundos roubados. Paul Foster, da Unidade Nacional de Cibercrime da NCA, considerou as detenções um “passo significativo”, mas alertou para o facto de a investigação continuar com parceiros internacionais. O caso mostra como os adolescentes podem causar centenas de milhões de euros em danos a grandes empresas, utilizando técnicas de ransomware e de roubo de dados, outrora reservadas a piratas informáticos patrocinados pelo Estado.Baseado em reportagem da BBC



